Educar é um processo fascinante e complexo: afeta a todos, em todas as fases da vida e de formas muito diferentes. A educação é um ecossistema, que começa na família, se organiza na escola e se amplia nos inúmeros contatos com as pessoas, as mídias, as organizações e o mundo.
Educar é fascinante, porque é encontro entre pessoas que aprendem a avançar em todas as dimensões da vida, no presente e também preparando para enfrentar os desafios do futuro. Educar é fundamentalmente voltada para o presente, para o que cada um (criança, jovem ou adulto) pode aprender, consegue enxergar e assim prepará-lo para construir os próximos passos, avaliar contextos, realizar as melhores escolhas, enfrentar desafios, equilibrar todas as dimensões da vida com maior autonomia e liberdade (educação como design de futuros). Ao mesmo tempo, a educação se apoia no passado, garimpando os melhores conhecimentos, experiências e caminhos para compreender onde estamos, o que nos favorece e dificulta, para aprender com os avanços e dificuldades dos que nos precederam. A educação precisa ser mais integral, ampla, total, para conseguir desenvolver harmonicamente conhecimentos, competências e valores.
Ensinar e aprender é relevante, desafiador e complexo. As trilhas são diferentes, mudam as circunstâncias, os contextos. Não há uma única receita. Podem ser muitos os caminhos, os métodos, os currículos, os resultados. O educador ajuda a descobrir horizontes desconhecidos em todas as dimensões. É um designer de estratégias, projetos e pesquisas para encantar, motivar e inspirar.
Parece fácil ser professor. Temos tantas publicações, pesquisas, vídeos! Mas a experiência docente no dia a dia é complexa, diferenciada, contraditória. Cada criança e jovem tem seu jeito, expectativas, motivação seu ritmo de aprender. Uma estratégia pode ser encantadora para uma parte dos estudantes e indiferente para os demais.
Um bom profissional precisa de uma formação muito sólida intelectual, emocional, digital e ética. Ensinar é um processo longo. O envolvimento com os estudantes pode durar meses ou anos. Para isso o professor precisa ser muito competente para conseguir atrair e manter o interesse de tantos alunos durante tanto tempo, engajando-os em projetos relevantes e que sejam mais atraentes do que os vídeos de entretenimento nas telas deles.
Cada docente também tem sua trajetória, estilo, qualidades e dificuldades. Ensinar não é uma corrida de cem metros, mas uma maratona, de longo prazo. Ensinar é um processo que envolve planejamento – (individual e/ou grupal) com começo, meio e fim. Exige uma grande capacidade de adaptação à cada momento; sensibilidade para adequar o planejado ao que faz sentido para cada estudante e para todo o grupo. Implica em saber escutar, gerenciar, acompanhar e avaliar, utilizando diferentes estratégia e tecnologias analógicas e digitais.
Ensinar é lidar com a rotina, com os bons e maus momentos, com o sucesso e o fracasso; com bons gestores e gestores burocráticos; com colegas com os quais se pode contar e com outros que não ajudam; com estudantes que estão a fim e com estudantes desinteressados; com gestores e pais que apoiam e com os que complicam.
As condições de trabalho são frequentemente pouco atraentes: docentes que lecionam em duas ou três escolas, com turmas grandes, salários baixos, pouco tempo de planejamento, de avaliação de cada estudante e de formação continuada. Na educação privada básica e superior há, frequentemente, uma tensão entre a exigência de ter os melhores profissionais – que custam caro – com o pagamento de salários baixos, desestimulantes. A profissão, em geral, é mais valorizada no discurso do que na prática. Por isso, muitos jovens desistem ou são desaconselhados a não seguir essa carreira.
O cenário que se desenha de agora em diante é, no entanto, promissor. Estamos em um período de transição para a experimentação de novos modelos de ensinar e de aprender, mais flexíveis, mais personalizados e com muita sinergia com as organizações sociais e o apoio do melhor dos encontros presenciais com a riqueza de possibilidades que também o digital oferece, de forma assíncrona e síncrona. O digital é um ambiente essencial para inovar, empreender, integrar todas as áreas, pessoas e serviços e poder oferecer experiências ricas e diferenciadas de aprendizagem, pesquisa e parcerias.
Para uma educação integral precisamos de excelentes profissionais, principalmente gestores e docentes, humanos, abertos e inspiradores. Eles serão cada vez mais necessários e valorizados. Não há outra alternativa!
José Moran
Se você está em busca de uma abordagem educacional inovadora, o professor José Moran é uma referência no assunto. Com uma vasta experiência na área de educação, ele é reconhecido por suas ideias disruptivas e por incentivar a criatividade e a autonomia dos alunos; Aprendendo com pessoas inspiradoras.
Em seu blog sobre Educação Inovadora, o professor José Moran apresenta diversas reflexões e propostas para transformar o processo educacional em algo mais dinâmico, participativo e significativo. Ele acredita que o papel do professor deve ser o de um mediador, que estimula a curiosidade e a colaboração entre os alunos, permitindo que eles aprendam de forma autônoma e integrada.
Além disso, o professor José Moran também discute a importância da tecnologia na educação e como ela pode ser utilizada de forma efetiva para potencializar o aprendizado. Ele defende o uso de ferramentas digitais como forma de ampliar a interação entre os alunos e professores, tornando o processo de ensino e aprendizagem mais dinâmico e estimulante.
Se você está em busca de ideias para inovar a sua prática educacional, não deixe de conferir o blog do professor José Moran sobre Educação Inovadora. Com certeza você encontrará reflexões e propostas inspiradoras para transformar a sua sala de aula em um ambiente mais criativo e participativo. Veja mais matérias aqui.